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domingo, 4 de janeiro de 2009

Que não se deixe arrancar a voz...

“Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, roubando-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.”

Maiakovski

1. Ao professor é pedida a fixação de OI dentro do prazo;
2. O professor recusa;
3. A avaliação prossegue sem OI;
4. No cálculo da nota vai haver um grande sarilho, porque não há OI;
5. O CE tem de se desembrulhar do sarilho e dar uma nota;
6. Não está prevista nenhuma penalização na avaliação pela falta de OI;
7. O CE pode implicar com um professor por não ter cumprido uma obrigação;
8. No meio de uma carreira exemplar, a falha de entrega de um papel solicitado tem um impacto risível;
9. Mesmo disciplinarmente, com todas as atenuantes e tal, a não entrega de OI é irrelevante.

Assim: por todas as razões a recusa de entrega de OI não tem implicações profissionais, mas é um teste à coerência das pessoas.

João Oliveira, em comentário do blogue www.educar.wordpress.com

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