- Reflexão-
com a devida autorização de JCosta
2. Desde a entrada em funções deste governo que os professores (e não me diga que nenhum é digno de ser escutado), não foram ouvidos em nenhuma das profundas e injustas alterações introduzidas na sua vida profissional;
3. Alterou-se o seu horário de trabalho e, na sua componente não-lectiva, inventaram-se funções mirabolantes, entre elas as famosas aulas de substituição, que estão longe da caricatura, se lhe disser que professores de história vão substituir outros de electricidade, com todos os arranjos e combinações que, a partir deste exemplo, possa imaginar;
4. Congelaram a progressão e, pelo meio, dividaram a carreira docente – que sempre foi horizontal – porque começa-se a dar aulas e termina-se a dar aulas (não é como na tropa do infeliz exemplo do sr. pm). Criaram o mais estúpido dos concursos para provimento dos professores titulares, e com tais regras que, um número significativo dos melhores professores deste país, muitos dos que dão aulas, ficaram de fora.
5. A catadupa de decretos, despachos, circulares e quejandos tem infernizado diariamente a vida dos professores e a escola que deveria ser um lugar tranquilo e sereno para transmitir o conhecimento, educar e ensinar, está transformada num inferno insustentável.Quintanilha:Os professores não são malfeitores, muito menos bodes expiatórios da despesa pública; são cidadãos que cumprem a s suas obrigações e todos os dias lançam às crianças e jovens deste país o fermento e a semente que poderão fazer deles homens e mulheres autónomos e preparados para enfrentar o futuro difícil que os espera.
A terminar acrescento ainda dois aspectos:
(i) nenhuma reforma de ensino terá sucesso contra os professores;
(ii) a defesa da escola pública de qualidade assenta na dignificação da profissão docente. Se não entender o que aqui fica, paciência; quem sabe se mais uns anos de escola não farão o milagre de ao menos respeitar o trabalho dos outros.
jcosta
Sem comentários:
Enviar um comentário