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terça-feira, 11 de março de 2008

Reunião da Curia

Resposta de quem esteve presente na dita Reunião da Curia Apelidados de lacaiosLeiam com atenção:
Não é verdade que sejamos lacaios e carreiristas como nos apelidam de forma injusta.Esta sessão regional do PNEP já estava marcada muito antes de ter sido agendada a manifestação.Todos os professores envolvidos seguiam a par e passo a manifestação e ignoravam que a ministra iria passar na Curia. Ela chegou durante o coffee break e ao sermos avisados da sua presença não entramos no bar renunciando ao café.Durante o seu discurso não olhamos para ela, numa atitude de desprezo e solidariedade para com todos os que lutavam por causas que subscrevemos e sofremos.
No fim do discurso da ministra ninguém bateu palmas e um colega tirou a sua camisola exibindo a frase: Estou aqui mas também estou indignado indignado. A ministra leu baixou os olhos e saiu.Tínhamos combinado que se a ministra almoçasse sairiamos da sala e iriamos almoçar noutro sitio …. e só entramos na sala depois de nos certificarmos que ela já tinha partido.Quando o colega entrou na sala de jantar exibindo a sua camisola, todos nos levantamos e batemos palmas, tendo ficado sentadas todas as senhoras da DGIDC e da coordenação do PNEP.
A ministra perante a nossa hostilidade não almoçou e retirou-se logo a seguir.Muitos planejavam abandonar a formação depois do almoço para ir a Lisboa, mas às duas horas da tarde era praticamente impossível chegar a tempo.Mais informamos que quando a sessão acabou ligamos o radio na TSF e com o volume alto fomos dando a conhecer a quem passava o teor das notícias e o sucesso da manifestação perante o olhar atónito de alguns membros da DGIDC. Ao reflectirmos sobre as reacções que desencadeamos na ministra concluimos que tinhamos feito a nossa parte porque a lividez do seu semblante e o seu nervosismo traduziam de forma clara e inequívoca que a nossa mensagem de hostilidade tinha atingido o alvo. Depois do que se passou não nos admiraria nada que a nossa posição como formadoras ficasse na corda bamba.As mensagens do número de manifestantes sucediam-se e todos os que estavam nesta formação passavam a palavra e regozijavam-se.Informamos ainda que esta formação era obrigatória (deveriamos assistir a dois terços da mesma).
Por último não posso deixar de manifestar uma certa tristeza com a facilidade com que se fazem juízos de valor, não esperando sequer que os acusados tenham uma justificação.Foram estes factores que no passado contribuiram para a fragilização da classe.
A luta de todos os professores é a nossa e continuará sendo.

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