Páginas

segunda-feira, 31 de março de 2008

A agenda oculta da Educação – parte I e II

( via http://www.educar.wordpress.com/)

"O texto será um pouco longo, mas creio que valerá a pena...
Faz algum tempo que andava com vontade de verter para o papel uma leitura fora do convencional sobre o que se passa na educação. Falta de tempo e a agitação do dia-a-dia deixavam pouco espaço de manobra. Mas, com um pouco de paciência lá alinhei umas quantas ideias sobre esta temática.A educação no nosso país vive dias conturbados. Mesmo muito agitados. A razão de ser, numa primeira abordagem, leva-nos a pensar que tudo se relaciona com a autêntica “diarreia” legislativa que se apoderou da 5 de Outubro. “Caem” leis, decretos, despachos, portarias, circulares e mesmo papéis anónimos nas escolas. Isto para não falar em “powerpoints” e “roadshows” tão na berra. A confusão, as contradições, as hesitações e as incoerências campeiam. Os tribunais “malham” nas decisões/interpretações legislativas do Ministério que prossegue, inexorável, a sua marcha autista em direcção àquilo que dizem ser uma escola de qualidade, de rigor, de excelência. No entanto, a ideia que fica é que tudo não passa de uma salsada monumental. Direi mais, um embuste com todas as letras."

Continuar a ler aqui

http://reinodamacacada.blogspot.com/2008/03/agenda-oculta-da-educao-parte-i.html

Agenda oculta da Educação – parte II

"Na educação o panorama apresenta as mesmas tonalidades. A orientação governativa neste sector tem caminhado num único sentido – redução de custos tendo em vista a privatização (ou a concessão contratualizada à iniciativa privada).De momento é mais notória a vertente da redução de custos e certamente não tardarão a surgir indícios muito mais claros da deriva privatizadora (embora já existam, embora um pouco camuflados).Comecemos então pela redução de custos. Sem seguir a ordem cronológica que parece pouco importante, temos a primeira marca – o novo estatuto da carreira docente. A divisão da carreira em duas (titulares e não titulares) com limitação de acesso à primeira categoria, revela a preocupação de impedir a progressão destes profissionais. Acresce que a realização do 1º concurso (?) para titulares “tapou” todas ou quase todas as vagas para esta categoria para os próximos 20 anos!!! Isto é, na realidade a carreira de cerca de 100 000 (!!!) professores poderá terminar na melhor das hipóteses no equivalente ao antigo 7º escalão. Ou seja, em termos financeiros líquidos, uma diferença de 800 euros (aproximadamente). Se isto não visar redução de custos não sei o que pretenderá então!Mas há mais no estatuto. A tão apregoada avaliação que supostamente premiaria o mérito e a competência, na realidade revela-se mais punitiva que favorecedora de boas práticas (o diploma da avaliação é um belíssimo exemplo de más práticas – um verdadeiro labirinto, ou rede de metropolitano, como já lhe chamaram). A subtileza da atribuição de quotas para excelentes e muito bons (que possibilitariam, teoricamente, uma progressão mais rápida na carreira) revelam antes uma vontade frenética de travar essa mesma progressão (mesmo nos escalões mais baixos da carreira). Revelam a vontade de manter a classe profissional com níveis remuneratórios baixos.

(…)
E depois abrem uma porta para a saída – a reforma com 33 anos de serviço e 61 de idade… São, obviamente, os mais velhos e consequentemente os mais caros que irão sair, desmotivados, fartos e cansados do enxovalho psicológico, profissional e social a que foram sujeitos. São também os mais reivindicativos, aqueles que melhor conhecem o sistema e as suas falhas, aqueles que mais se opõem a esta degradação da escola e a esta pseudo-qualidade de ensino que assim são “democraticamente empurrados” para fora do sistema. E os encargos com eles acabam por sair do Ministério da Educação e ir para à Caixa Geral de Aposentações…"

Concluir a leitura aqui

http://reinodamacacada.blogspot.com/2008/03/agenda-oculta-da-educao-parte-ii.html

2 comentários:

Porca da Vila disse...

Diarreia, Salsada, Embuste... Inteiramente de acordo, que pior não é fácil! Mas para que tudo fosse assim tão mau a tão longo prazo, era preciso que o PS fosse Governo nos próximos 20 anos. Coisa pouco ou nada provável...

Tão certo como o Sol nascer todos os dias!...

Xi Grande

touaki disse...

Mais rápido do que se pensa. 2013 é a meta!
A próxima legislatura: 2009-2013!